Rangers no Sabi Sabi Private Game Reserve. Foto: Ally Ross

 

“Acordamos cedo, mas não tanto quanto antes, só o suficiente para ver o nascer do sol na savana e seguir as pistas deixadas pelos animais na noite anterior”, assim começa o relato da guia Louisa Murray sobre a sua rotina durante a quarentena em um dos mais renomados hotéis de safári da África do Sul, o Sabi Sabi Private Game Reserve. Mais do que uma guia turística, Louisa é o que chamamos de ranger, profissional que passa por um treinamento intenso no que diz respeito a comportamento animal, fauna e flora, até se tornar capaz de conduzir visitantes em passeios pela savana de modo seguro e enriquecedor.

 

O Sabi Sabi está fechado para hóspedes desde o início da quarentena na África do Sul, mas alguns profissionais, como os rangers, continuam no local não apenas para manutenção do hotel, mas também para garantir a proteção do ecossistema local. Como é de se imaginar, a rotina já não é a mesma e, segundo Louisa, “foi muito estranho no começo ver vazio um hotel que normalmente está cheio de hóspedes felizes e sorridentes”. No seu relato ela compartilha um pouco da atual rotina.

 

Em tempos normais, os hóspedes do Sabi Sabi saem ao redor das 6h da manhã para o primeiro safári do dia. Um desjejum é feito brevemente e todos vão para a savana na companhia dos guias para aproveitar a manhã: horário em que os animais estão mais ativos. O nascer do sol como uma bola de fogo no horizonte e a parada para tomar café completam a experiência de safári, na qual o objetivo principal é o avistamento da vida selvagem em seu ambiente natural.

 

Geralmente, são mais ou menos três horas de safári com os hóspedes, dependendo do que se encontra pelo caminho. Hoje, Louisa conta que “Como não temos uma programação a ser seguida e não precisamos levar os hóspedes de volta para o café da manhã, ocasionalmente passamos entre 5 e 6 horas com os animais. Estes dias, por exemplo, acompanhamos um leopardo macho que estava na missão de encontrar uma fêmea da mesma área e seu filhote. Nesse caso, a nossa missão é capturar fotograficamente tudo que acontece de extraordinário e compartilhar, através das redes sociais, com aqueles que não podem estar aqui conosco.”

 

Na volta para os lodges – são quatro as propriedades que compõe o Sabi Sabi – os rangers preparam conteúdo a partir do que viram durante a manhã e também na noite anterior e publicam nas mídias sociais. Em seguida, partem para trabalhos de manutenção, “Sem a nossa incrível equipe aqui para administrar os lodges, há muita coisa que precisa ser feita. Para o pequeno time que somos, já realizamos muito, entre manutenção e limpeza de estradas, restauração de lagoas e poços de água, pintura de deques, sem mencionar os consertos e limpeza da bagunça feita por elefantes e macacos, entre outros animais, que passam por aqui.”

 

Com o fim do dia, os rangers deixam as ferramentas de lado e saem para o segundo safári. Quando os hóspedes estão por lá, a rotina de safáris é essa: um no começo e um no final do dia, nos momentos de maior atividade dos animais. Durante a tarde, os visitantes podem relaxar e curtir as dependências dos lodges, que contam com piscinas, spas, academias e muito mais. Já durante a noite, se deliciam com jantares que podem ocorrer no formato de “bomas”, em que hóspedes e rangers se reúnem em torno de uma fogueira e compartilham histórias e curiosidades.

 

Um dos espaços onde são realizados os Bomas. Foto: Divulgação

 

Voltando aos dias de hoje, após registrar as surpresas reservadas pelos safáris noturnos, os rangers em geral encerram seus dias, entretanto “alguns dias são mais longos do que outros, já que ajudamos em patrulhas noturnas para proteger os animais de intrusos indesejados”, conta Louisa se referindo à vigilância contra caçadores, que precisou ser intensificada nesse momento de pouca circulação por lá.

 

Além destes importantes cuidados com o ecossistema, os rangers aproveitam o momento para enriquecer seus conhecimentos e para levar um pouco da savana para os apaixonados por vida animal que gostariam de estar lá. A natureza permanece conservada e os animais cumprindo seus ciclos, e ver isso através de belas imagens pode ser acalentador nesse momento. Seguindo o instagram @sabisabireserve é possível acompanhar tudo que eles têm registado. “Eu não tenho palavras para explicar como somos abençoados por estar aqui durante esses tempos estranhos e desafiadores. Ainda que possamos viver toda a mágica do Sabi Sabi, mal podemos esperar para poder, de novo, compartilhar tudo pessoalmente com os hóspedes, para criar e ser parte de suas memórias especiais”, conclui Louisa.

 

Os posts do Sabi Sabi podem ser acompanhados nos canais abaixo:

 

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